Back to Basics – Christina Aguilera – Disco 2

Intros definitivamente não são o forte da cantora. Enter the Circus, a faixa que abre o segundo disco de Back to Basics, é uma bobagem sem fim. É seguida por uma música, um pouco menos insuportável, de nome Welcome. Felizmente chegamos o primeiro single do CD, Candyman, um som bastante dançante com ares dos anos 20, que ganhou clipe excelente, trabalhado no fetiche dos marinheiros.

Nasty Naughty Boy, chega com som burlesque, pra não usar outra expressão, e vocais melindrosos, sedutores, com arranjos bastante discretos no resto da música, chegando a aproveitar a agora famosa frase-convite francesa ‘Voulezvous coucher avec moi (ce soir)?’. Trata-se basicamente de uma música de performer de dançarina da noite burlesque, um prenúncio, talvez, do interesse da cantora nessa área, o que se concretizaria num fim medíocre chmado Burlesque, com desempenho pífio em crítica e público em 2010, contando com Cher enquanto co-protagonista. I Got Trouble nos transporta ao som de rádio dos anos 20 e 30, todo trabalhado no efeito de som envelhecido. Trata-se de outra música de dançarinha que quer ser chic.

Hurt é de longe a melhor faixa de ambos os discos. Trata-se de uma balada com arranjos luxuosos em cordas e piano, aproveitando toda a extensão da voz de Christina, dos agudos aos graves. A letra trata de uma mágoa mal-resolvida, e um pedido de perdão por ‘ter te culpado, eu apenas não podia…’ e ‘se eu tivesse mais um dia, eu te diria o quanto senti sua falta desde que você partiu’ são os versos mais emocionantes. O clipe é relativamente intimista.

Em Mercy on Me, Aguilera conversa com Jesus. Save me from Myself, balada extremamente bem construída, com um instrumentação básica e minimalista, com clipe de acordo com a abordagem da música, um plano sequencia.

http://www.youtube.com/watch?v=HYxmS4UNrWY

The Right Man encerra o álbum primoroso em grande estilo, com arranjos em cordas grandiosos e vocais amplos, porque afinal, ela encontrou o cara certo.

Back to Basics – Christina Aguilera – Disco 2

Intros definitivamente não são o forte da cantora. Enter the Circus, a faixa que abre o segundo disco de Back to Basics, é uma bobagem sem fim. É seguida por uma música, um pouco menos insuportável, de nome Welcome. Felizmente chegamos o primeiro single do CD, Candyman, um som bastante dançante com ares dos anos 20, que ganhou clipe excelente, trabalhado no fetiche dos marinheiros.

Nasty Naughty Boy, chega com som burlesque, pra não usar outra expressão, e vocais melindrosos, sedutores, com arranjos bastante discretos no resto da música, chegando a aproveitar a agora famosa frase-convite francesa ‘Voulezvous coucher avec moi (ce soir)?’. Trata-se basicamente de uma música de performer de dançarina da noite burlesque, um prenúncio, talvez, do interesse da cantora nessa área, o que se concretizaria num fim medíocre chmado Burlesque, com desempenho pífio em crítica e público em 2010, contando com Cher enquanto co-protagonista. I Got Trouble nos transporta ao som de rádio dos anos 20 e 30, todo trabalhado no efeito de som envelhecido. Trata-se de outra música de dançarinha que quer ser chic.

Hurt é de longe a melhor faixa de ambos os discos. Trata-se de uma balada com arranjos luxuosos em cordas e piano, aproveitando toda a extensão da voz de Christina, dos agudos aos graves. A letra trata de uma mágoa mal-resolvida, e um pedido de perdão por ‘ter te culpado, eu apenas não podia…’ e ‘se eu tivesse mais um dia, eu te diria o quanto senti sua falta desde que você partiu’ são os versos mais emocionantes. O clipe é relativamente intimista.

Em Mercy on Me, Aguilera conversa com Jesus. Save me from Myself, balada extremamente bem construída, com um instrumentação básica e minimalista, com clipe de acordo com a abordagem da música, um plano sequencia.

http://www.youtube.com/watch?v=HYxmS4UNrWY

The Right Man encerra o álbum primoroso em grande estilo, com arranjos em cordas grandiosos e vocais amplos, porque afinal, ela encontrou o cara certo.

Back to Black – Amy Winehouse

Back to Black é o segundo álbum de uma cantora que já chamava atenção pelo seu primeiro trabalho, Frank (2008). Esse novo disco incorpora o estilo do soul music dos 1960 e a moderna produção de R&B, mistura perfeita para o mercado americano, onde estourou em vendas, com letras subjetivas que tratam de relacionamentos, e refletem sobre as experiências de Amy com a bebida, sexo e drogas. Uma autêntica rockstar, em síntese, cujo álbum venceu cinco Grammy’s em uma única noite, três dos principais, igualando recordes com nativos americanos.

Rehab, primeixa faixa do disco e primeiro single, autobiográfica desde o início da carreira de Amy até os dias de hoje, infelizmente, estourou no mundo inteiro com um tema tão ’edificante’ e revoltadinho. Ela afirma que ‘Eles tentaram me fazer ir para a reabilitação, mas eu disse NÃO NÃO NÃO.’ ‘Eu tenho não tenho tempo pra isso, e se meu pai acha que estou bem…’, justifica.

http://www.youtube.com/watch?v=KUmZp8pR1uc

You Know I’m no Good que virou abertura de uma série de tv britânica de tema adulto chamada The Secret Diary of a Call Girl. É de longe a melhor música do álbum, com suas baterias marcantes associadas a um baixo hipnótico, que declara que ‘eu te disse que eu era problema, você sabe que eu não te faço bem’.

http://www.youtube.com/watch?v=z7DG8XoCtsk

Me and Mr. Jones, ninguém fica entre esses dois, a moça deixa bem claro, em tom de desabafo. Muitos palavrões percorrem a música, que tagarela sobre bobagens insistentemente, de forma bêbada. Just Friends, como o título já diz, fala dos problemas dessa situação de entregar o amigo para outra, apesar dos sentimentos que permanecem, com a esperança que um dia isso funcione. Back to Black descreve uma despedida/separação de forma melodramática: ‘Nós apenas dissemos adeus com palavras, eu morri uma centena de vezes, você volta pra ela e eu volto para nós, (o escuro)’

Love Is a Losing Game começa com esses versos, numa baladinha lenta, de arranjo básico: ‘Para você eu fui um affair, o amor é um jogo onde só se perde, cinco andares de fogo enquanto você vinha, o amor é um um jogo onde só se perde, porque eu desejo nunca ter jogado, oh, que bagunça fizemos, e agora a última cena, o amor é um jogo onde só se perde’ e segue a mesma metáfora até o fim.

Tears Dry on Their Own, de tom mais otimista, canta no refrão sobre uma superação: ‘Ele vai embora, o sol se põe, ele tira o dia, mas eu estou crescida, e no seu jeito, nesse azul cinza, minhas lágrimas secam por si mesmas’.

Em Some Unholy War, Amy encarna a esposa de um militara lutando alguma guerra não-santa e as consequências de toda essa situação. Os arranjos da música beiram a morbidez, sendo os mais ‘sérios’ do álbum. Wake Up Alone é a música da volta por cima, do processo de superação da separação, com tom quase otimista, com backing vocals discretos ao fundo.

He Can Only Hold Her fala sobre um cara tentanto salvar uma garota perdida nos seus pensamentos por outro. Ele pode segurá-la nos braços, apenas. Addicted fala sobre maconha. E acho que talvez, sobre compartilhar coisas.

Back to Black – Amy Winehouse

Back to Black é o segundo álbum de uma cantora que já chamava atenção pelo seu primeiro trabalho, Frank (2008). Esse novo disco incorpora o estilo do soul music dos 1960 e a moderna produção de R&B, mistura perfeita para o mercado americano, onde estourou em vendas, com letras subjetivas que tratam de relacionamentos, e refletem sobre as experiências de Amy com a bebida, sexo e drogas. Uma autêntica rockstar, em síntese, cujo álbum venceu cinco Grammy’s em uma única noite, três dos principais, igualando recordes com nativos americanos.

Rehab, primeixa faixa do disco e primeiro single, autobiográfica desde o início da carreira de Amy até os dias de hoje, infelizmente, estourou no mundo inteiro com um tema tão ’edificante’ e revoltadinho. Ela afirma que ‘Eles tentaram me fazer ir para a reabilitação, mas eu disse NÃO NÃO NÃO.’ ‘Eu tenho não tenho tempo pra isso, e se meu pai acha que estou bem…’, justifica.

http://www.youtube.com/watch?v=KUmZp8pR1uc

You Know I’m no Good que virou abertura de uma série de tv britânica de tema adulto chamada The Secret Diary of a Call Girl. É de longe a melhor música do álbum, com suas baterias marcantes associadas a um baixo hipnótico, que declara que ‘eu te disse que eu era problema, você sabe que eu não te faço bem’.

http://www.youtube.com/watch?v=z7DG8XoCtsk

Me and Mr. Jones, ninguém fica entre esses dois, a moça deixa bem claro, em tom de desabafo. Muitos palavrões percorrem a música, que tagarela sobre bobagens insistentemente, de forma bêbada. Just Friends, como o título já diz, fala dos problemas dessa situação de entregar o amigo para outra, apesar dos sentimentos que permanecem, com a esperança que um dia isso funcione. Back to Black descreve uma despedida/separação de forma melodramática: ‘Nós apenas dissemos adeus com palavras, eu morri uma centena de vezes, você volta pra ela e eu volto para nós, (o escuro)’

Love Is a Losing Game começa com esses versos, numa baladinha lenta, de arranjo básico: ‘Para você eu fui um affair, o amor é um jogo onde só se perde, cinco andares de fogo enquanto você vinha, o amor é um um jogo onde só se perde, porque eu desejo nunca ter jogado, oh, que bagunça fizemos, e agora a última cena, o amor é um jogo onde só se perde’ e segue a mesma metáfora até o fim.

Tears Dry on Their Own, de tom mais otimista, canta no refrão sobre uma superação: ‘Ele vai embora, o sol se põe, ele tira o dia, mas eu estou crescida, e no seu jeito, nesse azul cinza, minhas lágrimas secam por si mesmas’.

Em Some Unholy War, Amy encarna a esposa de um militara lutando alguma guerra não-santa e as consequências de toda essa situação. Os arranjos da música beiram a morbidez, sendo os mais ‘sérios’ do álbum. Wake Up Alone é a música da volta por cima, do processo de superação da separação, com tom quase otimista, com backing vocals discretos ao fundo.

He Can Only Hold Her fala sobre um cara tentanto salvar uma garota perdida nos seus pensamentos por outro. Ele pode segurá-la nos braços, apenas. Addicted fala sobre maconha. E acho que talvez, sobre compartilhar coisas.

Mais músicas de artistas sumidos

Carioca (2006), o último álbum de inéditas de Chico Buarque, o maior compositor brasileiro, deixou saudades. Eis que em 2011, 5 anos depois, é anunciado o novo disco: Chico. A estratégia de pré-venda teve suas falhas: uma música vazou, chamada Querido Diário, que é linda demais, de uma ousadia poucas vezes vista na MPB. ‘Hoje a cidade acordou toda a contramão’ e ‘hoje pensei em ter, religião, de alguma ovelha talvez, fazer sacrifício, por uma estátua ter adoração, amar uma mulher sem orifício’ são versos espetaculares do cantor de 67 anos em ótima forma artística. Uma turnê é mais que bem-vinda.

O duo de eletropop The Ting Tings está de volta, com CD novo previsto para agosto. Enquanto isso, temos esse single bem escapista que pede pra ‘bater palmas se você estiver trabalhando duro demais’. Bem divertidinho.

Mais músicas de artistas sumidos

Carioca (2006), o último álbum de inéditas de Chico Buarque, o maior compositor brasileiro, deixou saudades. Eis que em 2011, 5 anos depois, é anunciado o novo disco: Chico. A estratégia de pré-venda teve suas falhas: uma música vazou, chamada Querido Diário, que é linda demais, de uma ousadia poucas vezes vista na MPB. ‘Hoje a cidade acordou toda a contramão’ e ‘hoje pensei em ter, religião, de alguma ovelha talvez, fazer sacrifício, por uma estátua ter adoração, amar uma mulher sem orifício’ são versos espetaculares do cantor de 67 anos em ótima forma artística. Uma turnê é mais que bem-vinda.

O duo de eletropop The Ting Tings está de volta, com CD novo previsto para agosto. Enquanto isso, temos esse single bem escapista que pede pra ‘bater palmas se você estiver trabalhando duro demais’. Bem divertidinho.

It’s Not Me, It’s You – Lily Allen

Com o provocante título de ‘It’s Not Me, It’s You’, frase invertida da desculpa número 1 para fins de relacionamento, ‘o problema não é seu, é comigo’, Lily Allen termina um relacionamento (é, aparentemente isso rende arroubos criativos sensacionais no mundo da música pop) e nos presenteia com esse CD impecável, com vocais de baixa extensão, porém com letras de qualidade espetacular.

Everyone’s At It fala de um grande complô, que todos estão envolvidos, no mundo de corrupção e desonestidade reinante hoje em dia na sociedade, além da indiferença para com o outro. O álbum já começa assim, politizado, provando que música pop não precisa ser alienada. The Fear questiona os ‘valores’ da sociedade, onde aparecer nos tabloides e rivalidades se tornaram importantes e coisas básicas estão legadas ao segundo plano. Ela se diz tomada pelo medo, dizendo que não sabe mais o que é certo ou real. Essa letra afiadíssima numa voz bem easy-listening, algo pra enlouquecer o espírito metal, que acha que precisa de muita barulheira para não se comprometer.

Not Fair, uma das melhores do álbum, fala da insatisfação de uma mulher com as habilidades na cama de seu amado. ‘Não é justo, e eu acho que você é muito ruim, acho que você é muito ruim, oh, você deveria se importar, mas nunca consegue me fazer gritar de prazer’ e ‘tudo que você faz é tirar’. O arranjo é country, assim como o videoclipe, numa ironia genial.

22, fala da rápida desvalorização das mulheres ao chegarem aos 30, afinal, ‘como a sociedade diz, a vida dela já está acabada, não há a fazer, não há nada a dizer, até que o homem dos seus sonhos venha pegá-la, parece tão improvável, atualmente’.

I Could Say é um lamento pelo fim de um relacionamento que nem valeu a pena. Go Back to Start, animadíssima, uma das melhores, infelizmente não virou single. Aqui ela se desculpa por ter alongado um relacionamento que nunca daria certo, pedindo para os dois recomeçar. Never Gonna Happen é um fora daqueles, com versos fatais: ‘ Como é possível que eu seja mais óbvia? Nunca iria acontecer e agora não vai acontecer de jeito nenhum entre nós dois, eu não entendo o que você está buscando…’

Fuck You, venenosa e famosa música dedicada ao ex-presidente George W. Bush, critica a política homofóbica e belicista do governo dele além questiona o nível de inteligência do mesmo. Os arranjos são bem pop, o que ajudou a música a virar uma espécie de hino contra as políticas do presidente americano.

Who’d Have Known, fala do amor inesperado, dos pequenos detalhes, sendo de uma fofura incrível. Finaliza com os versos: ‘Vamos apenas ficar por aqui, quero ficar deitada na cama o dia todo, riremos o tempo todo, você disse pros seus amigos, nós existimos, mas estamos indo devagar, vamos ver o que acontece’.

Chinese parece uma continuação da música anterior, com uma vibe Carpenters, de tão docinha que é. Fala de uma rotina gostosinha, basicamente.

Him, é uma especulação inspiradíssima sobre Deus, discorrendo sobre detalhes que juntos formam um mosaico bastante poético e essencial, com informações aparentemente prosaicas. He Wasn’t There fala da amante conformada que triunfou, depois de muita espera.

A cantora anunciou que que abandonaria a indústria musical, mas esperemos que ela reconsidere. É muito talento para ser desperdiçado assim, no silêncio.

It’s Not Me, It’s You – Lily Allen

Com o provocante título de ‘It’s Not Me, It’s You’, frase invertida da desculpa número 1 para fins de relacionamento, ‘o problema não é seu, é comigo’, Lily Allen termina um relacionamento (é, aparentemente isso rende arroubos criativos sensacionais no mundo da música pop) e nos presenteia com esse CD impecável, com vocais de baixa extensão, porém com letras de qualidade espetacular.

Everyone’s At It fala de um grande complô, que todos estão envolvidos, no mundo de corrupção e desonestidade reinante hoje em dia na sociedade, além da indiferença para com o outro. O álbum já começa assim, politizado, provando que música pop não precisa ser alienada. The Fear questiona os ‘valores’ da sociedade, onde aparecer nos tabloides e rivalidades se tornaram importantes e coisas básicas estão legadas ao segundo plano. Ela se diz tomada pelo medo, dizendo que não sabe mais o que é certo ou real. Essa letra afiadíssima numa voz bem easy-listening, algo pra enlouquecer o espírito metal, que acha que precisa de muita barulheira para não se comprometer.

Not Fair, uma das melhores do álbum, fala da insatisfação de uma mulher com as habilidades na cama de seu amado. ‘Não é justo, e eu acho que você é muito ruim, acho que você é muito ruim, oh, você deveria se importar, mas nunca consegue me fazer gritar de prazer’ e ‘tudo que você faz é tirar’. O arranjo é country, assim como o videoclipe, numa ironia genial.

22, fala da rápida desvalorização das mulheres ao chegarem aos 30, afinal, ‘como a sociedade diz, a vida dela já está acabada, não há a fazer, não há nada a dizer, até que o homem dos seus sonhos venha pegá-la, parece tão improvável, atualmente’.

I Could Say é um lamento pelo fim de um relacionamento que nem valeu a pena. Go Back to Start, animadíssima, uma das melhores, infelizmente não virou single. Aqui ela se desculpa por ter alongado um relacionamento que nunca daria certo, pedindo para os dois recomeçar. Never Gonna Happen é um fora daqueles, com versos fatais: ‘ Como é possível que eu seja mais óbvia? Nunca iria acontecer e agora não vai acontecer de jeito nenhum entre nós dois, eu não entendo o que você está buscando…’

Fuck You, venenosa e famosa música dedicada ao ex-presidente George W. Bush, critica a política homofóbica e belicista do governo dele além questiona o nível de inteligência do mesmo. Os arranjos são bem pop, o que ajudou a música a virar uma espécie de hino contra as políticas do presidente americano.

Who’d Have Known, fala do amor inesperado, dos pequenos detalhes, sendo de uma fofura incrível. Finaliza com os versos: ‘Vamos apenas ficar por aqui, quero ficar deitada na cama o dia todo, riremos o tempo todo, você disse pros seus amigos, nós existimos, mas estamos indo devagar, vamos ver o que acontece’.

Chinese parece uma continuação da música anterior, com uma vibe Carpenters, de tão docinha que é. Fala de uma rotina gostosinha, basicamente.

Him, é uma especulação inspiradíssima sobre Deus, discorrendo sobre detalhes que juntos formam um mosaico bastante poético e essencial, com informações aparentemente prosaicas. He Wasn’t There fala da amante conformada que triunfou, depois de muita espera.

A cantora anunciou que que abandonaria a indústria musical, mas esperemos que ela reconsidere. É muito talento para ser desperdiçado assim, no silêncio.

Back to Basics – Christina Aguilera – Disco 1

A primeira e única, nunca haverá outra, Christina Aguilera. É assim que começa Back to Basics, o álbum da cantora mais aclamado pela crítica especializada, que vendeu mais de 4,5 milhões de cópias mundialmente. O álbum é oficialmente descrito como uma volta ao estilo dos anos 20, 30, e 40, jazz, blues, e soul music pra sentir-se bem, mas com uma abordagem moderna. Makes me Wanna Pray já começa mostrando a extensão da voz da diva, com agudos e graves bem altos e longos. O som tem um tema e pega mais soul, uma das bases anunciadas no Intro. Com Back in the Day não é diferente.

A seguir, temos o primeiro single, arrasador, descrito como um hino à monogamia: Ain’t no Other Man, que declara: ‘você tem soul, você tem classe, você tem estilo, você é foda’. Os arranjos são animadíssimos e apaixonados, bem de acordo com a letra. O clipe, igualmente, é impecável.


Understand é uma balada que fala sobre o contato de uma moça com o amor. Os arranjos fazem referência aos tempos do rádio. Slow Down Baby é bastante animada, talvez forte demais nos vocais, se considerarmos a letra. Oh Mother, outra balada interessante, diz para a mãe ’Eu te agradeço por tudo que você tem feito e ainda faz, você cuidou de mim, eu cuidei de você, juntas nós sempre superamos qualquer coisa’ F.U.S.S. é um interlúdio em tom desabafo, sabe-se lá pra quem.

On Our Way começa com arranjos criativos e batidas bem marcadas e todo o potencial dos vocais de Xtina. Trata de um relacionamento já em andamento, com perspectivas otimistas, como pode ser ouvido nos versos ‘Eu acho que estamos no caminho certo, em meio aos altos e baixos, eu preciso de você do meu lado’. Without You é uma música lenta que questiona ‘ Que tipo de mundo seria sem você, eu não poderia respirar sem você aqui perto’. Mais apaixonada, impossível.

Still Dirrty é aparentemente uma continuação do sucesso do album anterior, Dirty. Versos poderosos: ‘Há uma mulher dentro de todas nós que nunca parece conseguir o bastante, tentar jogar pelas regras é duro, porque cedo ou tarde, alguma coisa vai entrar em erupção’. Here to Stay possui tom autobiográfico e em desabafo, onde ela afirma que veio pra ficar. Thank you (Dedication to Fans…) é uma homenagem aos devotos fãs da cantora, com gravações deles intercalados com a letra , que tem samples de sucessos anteriores e versos como ‘ Então obrigada por permanecerem ao meu lado [Eu sempre vou amá-los).’

Novas músicas de artistas sumidos

http://disconaivete.com/post/6899643048

O super aguardado disco de Bjork já começa a ter seu mistério um pouco desvendedado. Uma faixa de Biophilia foi vazada, e o que se ouve é Bjork em sua melhor fase, flertando com arranjos de assimilação razoavelmente pop.


Desde 2008 que Coldplay não lançava algum material inédito. Every Teardrop is a Waterfall, anunciada apenas na internet, não chega a dar um gosto de quero mais. Primeiro vieram as acusações de plágio da música I Go to Rio. Depois da polêmica armada, tardiamente a banda anunciou que o uso de elementos da música era deliberado e estava creditado na música da banda britânica. Ok, além de repetir em grande parte da sonoridade do álbum anterior, Viva la Vida, tinha mais essa. Enfim, a música é estranha de início, mas depois passa a ser tolerável com mais audições. O tema pode ser interpretado como cada lágrima (situação onde se perde) é uam cachoeira (que acorda a pessoa e a deixa mais lúcida para as coisas da vida, além de deixa-la mais firme ao chão, para não se desequilibrar).


O novo single do Maroon 5, com ínfima participação relâmpago de Christina Aguilera, colega de Adam Levine, o vocalista da banda, no reality The Voice é bem dançante, razoavelmente original, que se trata basicamente de uma auto-massagem de ego, se colar colou.


A mais nova faixa de Christina Aguilera, desde o lançamento do flopado Bionic no ano passado, é toda cantada em espanhol, tem uma vibración bastante filme de Almodóvar. São vocais altamente melodramáticos, como se fosse uma cena de fim de ópera. Trata-se de uma faixa da trilha de um novo filme com Gael García Bernal e Diego Luna.