Intros definitivamente não são o forte da cantora. Enter the Circus, a faixa que abre o segundo disco de Back to Basics, é uma bobagem sem fim. É seguida por uma música, um pouco menos insuportável, de nome Welcome. Felizmente chegamos o primeiro single do CD, Candyman, um som bastante dançante com ares dos anos 20, que ganhou clipe excelente, trabalhado no fetiche dos marinheiros.
Nasty Naughty Boy, chega com som burlesque, pra não usar outra expressão, e vocais melindrosos, sedutores, com arranjos bastante discretos no resto da música, chegando a aproveitar a agora famosa frase-convite francesa ‘Voulez–vous coucher avec moi (ce soir)?’. Trata-se basicamente de uma música de performer de dançarina da noite burlesque, um prenúncio, talvez, do interesse da cantora nessa área, o que se concretizaria num fim medíocre chmado Burlesque, com desempenho pífio em crítica e público em 2010, contando com Cher enquanto co-protagonista. I Got Trouble nos transporta ao som de rádio dos anos 20 e 30, todo trabalhado no efeito de som envelhecido. Trata-se de outra música de dançarinha que quer ser chic.
Hurt é de longe a melhor faixa de ambos os discos. Trata-se de uma balada com arranjos luxuosos em cordas e piano, aproveitando toda a extensão da voz de Christina, dos agudos aos graves. A letra trata de uma mágoa mal-resolvida, e um pedido de perdão por ‘ter te culpado, eu apenas não podia…’ e ‘se eu tivesse mais um dia, eu te diria o quanto senti sua falta desde que você partiu’ são os versos mais emocionantes. O clipe é relativamente intimista.
Em Mercy on Me, Aguilera conversa com Jesus. Save me from Myself, balada extremamente bem construída, com um instrumentação básica e minimalista, com clipe de acordo com a abordagem da música, um plano sequencia.
http://www.youtube.com/watch?v=HYxmS4UNrWY
The Right Man encerra o álbum primoroso em grande estilo, com arranjos em cordas grandiosos e vocais amplos, porque afinal, ela encontrou o cara certo.